Cafeína!
O frio batia a porta. A lareira não era o suficiente. O vazio no peito amplificava a geleira do seu interior. Todo arrepiado pelo sentimento e o clima gélido, só restava uma alternativa. Um café bem quente pra aquecer a alma.

Puta alegria
O ambiente era propício. A cia também. O tom maior que ecoava do banjo, cobria a sensação de que dos males, ele era o menor. Se a música era inédita pra ele, o sentimento não. Estampado em seu rosto havia, uma puta alegria pela sensação de liberdade, que as baladas de um amor inabalável insistiram em esconder. Sem explicação.

Porta retrato.
Estava decidida. Insistir não adiataria nada. Acreditava que ele sentiria falta. Ledo engano. Pra ele, ela não passava de uma ilustração emoldurada, com a certeza de que era apenas para enfeitar sua estante.

Jovem Sonhador
Juntar 1 milhão de reais. Era o único objetivo da sua vida. Faria tudo para realizá-lo em tempo útil. Útil para poder passar o resto dele torrando de qualquer maneira.

É proibido amar
Calejado, colocava a culpa no amor. Se culpava por amar demais. Se pudesse voltar ao tempo jamais se daria ao direito de amar. A proposito, faria isso a partir de agora. No jogo da paixão, amar era proibido. Nunca mais. Pelo menos por enquanto!

Sem você
Ao virar a esquina percebi meu grande erro. Te ver partir era aflitante. Diferente da sensação de alívio que eu acreditei sentir. Amargo era o gosto do seu amor. Doce é a saudade que você deixou!

Por Raphael de Paula Garcia
@phields