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Copiei lá do Diversitá

Que história é essa de ‘Hope Rock’? ou: Palavrantiga 2 anos depois


Quem acompanha o Diversitá há mais tempo sabe que eu sempre menciono uma das minhas bandas preferidas: Palavrantiga. Em 2008 eles lançaram seu primeiro EP, entitulado Volume 1 e fiquei empolgado o suficiente para ir atrás de uma entrevista. Segundo Marcos Almeida, vocalista, foi uma das primeiras que eles realizaram. Tudo gravado via Skype, com ele e Lucas “Fizin”, o baterista. Rendeu um podcast que está no ar até hoje  e novos papos muito bons.

De lá pra cá eu me “aproximei” bem mais dos caras (tudo via internet) e no final de semana passado eu hospedei o sr. Marcos Almeida em minha casa. Ele veio a João Pessoa por conta própria, para tocar aqui gratuitamente. Coisa de gente doida, eu sei. Acontece que a vinda dele pra cá também tinha o objetivo de trazer a banda posteriormente, coisa que já tem sido articulada desde 2008.

Marcos tem andado por aí com uma história de Hope Rock, que ele mesmo define como uma música cuja base é a esperança. Ouvindo o som e lendo certas entrevistas você talvez seja bem direto: “hope rock que nada! Isso aí é música de crente!”. Pois é. Acontece que não é qualquer música.

Cristãos? Sim. Boring? Not.

Os quatro integrantes da banda são cristãos, sim – nada ortodoxos, mas bastante convictos da fé que tem. A música que fazem não é “mais ou menos” permeada pelo que acreditam. Ela é totalmente baseada no que acreditam. O problema central é que o rótulo de música “cristã” hoje em dia não é sinônimo de uma ideologia, mas sim de qualidade musical inferior. Ouvindo o som da banda você poderá confirmar exatamente o oposto.

Eles tocam muito bem, são músicos exemplares, com influências que passam por U2, The Killers, Coldplay, Los Hermanos, Chico Buarque e chegam nos famigerados cristãos que também fazem música boa, como João Alexandre, Jorge Camargo, etc. A minha grata surpresa foi saber que em seus ensaios mais recentes, eles elaboraram arranjos para músicas de Nelson Cavaquinho, Roberto Carlos e Los Hermanos. Canções que se adequam à sua proposta, de um rock menos sem fé na vida que o de sempre, porém, sem menosprezar as dores que todos tem. Ouvir “Vem me Socorrer” é a prova disso. A canção tem um tom contemporâneo, bastante inspirado no clima Little Joy, mas não fala de pequenas alegrias. Marcos grita sobre sua dor, mas não perde a esperança.

Conhecê-lo pessoalmente foi poder ouvir algo que deve ser bastante considerado: a música popular brasileira sempre teve pitadas religiosas em seu lirismo. A diferença, obviamente, seria o proselitismo – as intenções de conquista para uma determinada fé. Não se ouvirá as músicas de Vinícius de Moraes, Caetano Veloso, Gilberto Gil e dos contemporâneos Otto, Céu, Ana Cañas, sem perceber notadamente referências às religiões afro como Candomblé e Umbanda. É impossível não reparar nas músicas de Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola e nos contemporâneos do Los Hermanos e Marisa Monte, uma presença de uma cosmovisão que passa pelo Deus cristão, na perspectiva católica.

Umbanda music?

A pergunta que Marcos levantou no final de semana foi: você por acaso encontra Caetano e Céu na prateleira “Umbanda Music”? Claro que não, pois além destes artistas não buscarem um tipo de proselitismo a respeito do que creem, o mercado sabe que eles não representam isso (mesmo que a crença esteja evidente em várias de suas músicas). O grande problema talvez seja o fato de que a maioria dos cristãos evangélicos que fazem música, tem intenções proselitistas com sua arte, fazendo dela objeto de segundas intenções. Agregam-se em prateleiras que hoje mais afastam e segregam do que atraem e promovem boa arte.

O que o Palavrantiga espera não é algum tipo de revolução, mas ao menos uma evolução a respeito de um paradigma que deve ser descontruído. Música feita por cristãos não é necessariamente proselitista. O som do Palavrantiga pode sim ser bastante direto sobre sua fé, de forma salmódica e até chegar a ter tons eclesiásticos, congregacionais, mas possui uma visão de humanidade, que a maior parte não tem. A ideia é pensar o hoje, a condição humana atual e perguntar: do jeito que está, dá pra continuar? Veja o vídeo da música “Rookmaaker”.

Velho Irlandês, Crombie, Alforria, Tanlan são ótimos exemplos de bandas que tem seguido intencionalmente ou não este tipo de conceito. Não é estar em cima do muro em relação à fé, mas sim acreditar que arte é vivência e não necessariamente um objeto a ser usado para conquistar pessoas.

O som do Palavrantiga tem ido além das “barreiras” cristãs e novos parceiros tem acreditado nisso. Henrique Portugal, tecladista do Skank, não só ouviu e gostou do som, como convidou os caras para gravarem uma música no programa de bandas independentes que ele tem. Depois, o site FRENTE, que ele organiza, entrevistou Marcos e lá ele explica com mais detalhes toda essa história de Hope Rock.

Ao fim, deixo um dos registros mais interessantes para exemplificar essa jornada: os cariocas do Crombie junto aos rapazes do Palavrantiga tocando “O Vencedor” do Los Hermanos. Nem só de triunfalismo vive o cristão.

Iniciando uma nova série de indicações com… Vivendo do Ócio!

Procura mais ai pela net…

Há alguns dias um amigo meu, o grande Thiago Balbino, me falou de um tal de Richard Cheese. Disse que ele tinha feito uma versão pra uma música do SOAD, que tinha ficado doidera. Claro, como eu gosto de música e de invenções non-senses eu resolvi ir atrás. E olha que me surpreendi.

Ignorem algumas imagens nada haver nos vídeos abaixo e foquem na música. Existem muitas outras no Youtube e no 4Shared. Divirtam-se!

Com vocês, os devaneios musicais de Richard Cheese.

What’s My Age Again?

A versão Original

Chop Suey

A versão Original

Smells Like Teen Spirit

A versão Original

Welcome To The Jungle

A versão Original

Beat It

A versão Original

É incrível tudo o que a internet proporcionou pra vida do “cerumano”.

O que no passado acontecia a km de distância da gente, hoje está a um clique. Há uns anos atrás quando uma prima engravidou, foi preciso uma pessoa resolver dar um telefonema do Rio pra Minas, pra que a gente se alegrasse com mais um membro marrento na família. Há 3 semanas a MP de uma guria no Orkut, serviu para que a gente recebesse uma notícia similar, no instante que outra prima da cidade maravilhosa descobriu a chegada do rebento. Quando a ligação chegou, tudo não passava de uma velha novidade. Coisas da internet.

Mas a velocidade da informação, que só é possível graças as inúmeras ferramentas que o tio Steve, o Jobs, incentiva, idealiza e multiplica por aí, e que são tentadoras aos nossos humildes olhinhos e principalmente bolsinhos, pode causar muita dor de cabeça.

A ultima a dar um tremendo de um vacilo foi a gracinha, fofinha, “delicinha”, feita pra casar (ou não) Hayley Williams, vocalista do Paramore. Excelente banda diga-se de passagem.

A história todo mundo já sabe. O que chama atenção mesmo é o barulho que uma simples pagação de peitinhos causou na web. Gente são apenas peitos. Ta tudo bem que não é todo dia que uma personalidade, namoradinha do mundo, que é exemplo pra um monte de adolescente, que até canta em igrejas, faz uma coisa dessas.

A playboy, as brasileirinhas, a pornochanchada, perderam espaço mesmo pra onda do momento: CAIU NA NET! O que antes era duro na minha cabeça (sem trocadilhos infames, por favor) de ser compreendido, agora começa a fazer todo sentido. Não tem graça mais ver pessoas que se expõem porque querem. O barato da parada é ver algo tão confidencial vazar. Você assiste BBB esperando o momento em que os confinados se esquecem das câmeras, deixem de fazer tipo, e sejam elas mesmas, expondo vários de seus segredos ao mundo. O excesso de bebida disponível no programa é um grande incentivo.

Semana passada aqui na cidade, vazou o vídeo de 2 garotas que trabalham em um estabelecimento comercial conhecido, fazendo sexo com uns caras aí. A sensação de estar vendo algo tão intimo de pessoas que você vai dar de cara com elas na rua, parece um tanto quanto interessante. Excitante mesmo pra falar a real. E aí começa a tal da esculhambação da vida alheia, que só tende a crescer, já que hoje todos os nossos passos são registrados por celulares, câmeras, mp3 ou qualquer outra coisa que capte uma imagem no momento.

E nunca se viu uma vontade de se expor como tem se visto hoje.

Pedro, cadê meu chip? Lembra? Gritar na rua de madrugada não é uma baita vontade de se expor? Expulsar a Geicy da universidade pelo microvestido. Usar um microvestido. Malhar até ficar broxa (leia-se, tomar bomba). Todos nós queremos nos mostrar de alguma forma. Dependendo da forma…

Sabe como se chama as minas que estavam fazendo sexo no vídeo? Não sei. Quase ninguém sabe. Quem se importa? Só se sabe que elas são “as meninas do vídeo pornô caseiro, que trabalham no *** “. Pronto. Coisas desse tipo não são esquecidas tão facilmente. A vida delas não vai ser mais a mesma. Um colega disse que viu uma delas no sábado, e que pra disfarçar, cortou o cabelo curtinho. Quanta ingenuidade. Vi uma reportagem uma vez que em uma cidadezinha de Goiás se não me engano, 4 adolescentes filmaram cenas de sexo (com posições bem evoluídas pra crianças da idade deles segundo a reportagem), que execraram a família da garota e os pais da dela tiveram que sair da cidade. Tá, tudo bem que a gente não espera isso de pessoas normais, mas não sei se é motivo pra avacalhar tanto com a vida da garota. Ah, antes que vocês pensem que só o machismo imperou nesse episodio, o tamanho do brinquedo do garoto, também foi alvo de muita zuação.

E a Hayley williams coitada, tão talentosa, que por um vacilo de enviar uma foto errada para o twitter, vai ser lembrada pra sempre como “a cantora certinha que pagou peitinho”. Eu fico imaginando se fosse a Sandy no lugar da Hayley. E que causou tumulto na internet, dividindo a rede em pessoas que a defendiam (“Que isso, é montagem, ela não faria isso nunca…”), e com pessoas que se divertiam (“Pra felicidade geral da molecadinha que vai se trancar no banheiro”, “Ah vai, são bonitinhos e fofinhos”, “Gente ela também come, caga e dorme, qual o problema de fazer isso?”…).

Ah, talvez você seja daquelas pessoas que estão se perguntando agora: Porque uma pessoa tira esse tipo de foto?
Pelo mesmo motivo que você garotinha, faz poses, as vezes até nuas, na frente do espelho. Ou você garotão, que fica medindo seus músculos ou o tamanho do seu salário. Gostamos de aparecer de alguma forma. Algumas pessoas de forma bem excêntricas e comprometedoras. O importante em tudo isso mesmo, é falar… Dos outros.

Muito cuidado com o que anda fotografando, filmando ou fazendo por aí. Amanha a vida esculhambada pode ser a sua. #fikadica

E sabe o que eu acho dessa esculhambação toda? UMA PUTA FALTA DE SACANAGEM!

Na vitrola ae: Capital Inicial – Quatro vezes você.

Tá parado aí porque?

Ei você ai…
É, você mesmo…
Que está aí “numa boa, tranquilão, curtindo um batidão“… ou não!
Que ta desanimado, jogado as traças, dominado pela preguiça, pelo cansaço, desmotivado, “sem motivo pra cantar uma bela canção“…
Devagar quase parando, se arrastando, descansando…
Para tudo o que você está fazendo e me responde:
-TÁ PARADO AE PORQUE?

Eu desafio você a se mover!
Vai caminhar, andar de bike, sair com os amigos, se declarar pra um amor; vai para um show, pular, cantar, dançar, se divertir; vai dançar na chuva, cantar no chuveiro, comprimentar um bombeiro; vai dizer bom dia pra um mendigo na rua, dar um sorriso pra um “cara amarrada”, gerar algumas gentilezas; vai visitar a avó, comer o feijão da tia, zuar o namorado da prima; jogar futebol com os amigos, acampar com uns conhecidos, passear com o cachorro; tocar violão, futebol de sabão, de tudo faça um pouco; comer fandangos, amendoim japonês, pão frances, chocolate com morango e molho inglês; conserte, invente, destrua, reconstrua, mas FAÇA ALGUMA COISA. É isso mesmo, #sejoga.

Não deixe sua vida passar branco, sentando na frente de um computador, com os dedos a digitar, os olhos a saltitar, não dá mais pra esperar. A vida é aqui, a resistência tem que ser aqui, a superação tá logo ali e uma bela canção que te fará sorrir.

Bom fim de semana!

Na vitrola, Switchfoot – Dare you to move (tradução aqui)

@phields